sábado, 20 de outubro de 2007

DIARIO DO NORDESTE PUBLICA CARTA DO PROF. RTUR PINHEIRO

DIARIO DO NORDESTE
Opinião
Diario do Nordeste
COLUNA (14/10/2007)
Cartas & emails

ArarutaA Embrapa preocupada com a participação da araruta na tradição da culinária brasileira publicou recentemente uma cartilha sobre araruta, tentando resgatar a sua cultura em nosso país. Nossos avós cultivavam a araruta. Hoje ainda a encontramos em nossa propriedade, plantada pela minha avó, lá pela década de 40 do século passado, resistindo à secas ocorridas nesses quase 80 anos.O exemplo da resistência da araruta e a vontade de resgatar o seu cultivo em nossa localidade, Carqueija dos Alves, município de Capistrano, nos está impondo um desafio: plantar araruta consorciada com o cajueiro. Assim estaremos contribuindo com o resgate dessa cultura em nosso meio. Para contribuir com a divulgação da araruta, como parte deste projeto de resgate de sua cultura, criamos um blog com informações colhidas na Embrapa e também de nosso projeto, que colocamos à disposição dos interessados: www.ararutadacarqueija.blogspot.com.FRANCISCO ARTUR P. ALVESCAPISTRANO-CE
18h35
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PROJETO RESGATE DA CULTURA DA ARARUTA

ARARUTA
“A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul, a qual, infelizmente, está em via extinção”. Na região do Maciço de Baturité, era comum a produção caseira de araruta, sobretudo para o preparo de mingau das crianças A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento preocupada com a participação da araruta na tradição da culinária brasileira publicou recentemente uma cartilha sobre araruta, tentando assim resgatar a sua cultura em nosso país
Segundo a jornalista Isis Breves, da EMBRAPA,”a indústria alimentícia ao invadir os domínios da cozinha doméstica, substituiu o polvilho de araruta pelo o de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando assim o cultivo daquela planta. Porém, houve um tempo, em que as donas de casa preparavam biscoitos, brevidades, mingaus e bolos, de araruta.” Ainda segundo a jornalista, “a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais, mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glúten (doença celíaca). O polvilho da araruta tem uma leveza inigualável. Por isso os biscoitos derretem na boca. A cartilha aborda as técnicas de plantio, adubação e cultivo da araruta até o preparo caseiro do polvilho e as receitas deliciosas que podem ser feitas.”
Somos testemunhas de parte dessa história, pois nossos avós e nossos pais cultivavam a araruta. Hoje ainda encontramos araruta em nossa propriedade, plantada pela minha avó, lá pela década de 40 do século passado, resistindo à secas e estiagens ocorridas nesses quase 80 anos.O exemplo da resistência da araruta e a vontade de resgatar o seu cultivo em nossa localidade, Carqueija dos Alves, Capistrano, nos está impondo um desafio: plantar araruta consorciada com o cajueiro. Assim estaremos contribuindo com o resgate dessa cultura em nosso meio.
Para contribuir com a divulgação da ARARUTA, como parte deste projeto de resgate de sua cultura, criamos um blog com informações colhias na EMBRAPA e também de nosso projeto, que colocamos à disposição dos interessados: www.ararutadacarqueija.blogspot.com. Esperamos assim, está contribuindo com o resgate da agricultura familiar e da culinária de nossa região, especialmente em relação à cultura da araruta.
FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVE
CAPISTRANO CEARÁ

domingo, 23 de setembro de 2007

EMBRAPA PUBLICA CARTILHA SOBRE ARARUTA

Embrapa Agrobiologia lança cartilha da Araruta
(15/06/05)

"Como plantar e usar araruta" traz devolta a tradição de uma culturaassociada à culinária brasileira.
A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul, a qual, infelizmente, está em via extinção. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento preocupada com a participação da araruta na tradição da culinária brasileira pretende com a publicação da cartilha Como plantar e usar araruta resgatar esse costume.
A indústria alimentícia ao invadir os domínios da cozinha doméstica, substituiu o polvilho de araruta pelo o de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando assim o cultivo daquela planta. Porém, houve um tempo, em que as donas de casa preparavam biscoitos, brevidades, mingaus e bolos, de araruta.
Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais, mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glúten (doença celíaca). O polvilho da araruta tem uma leveza inigualável. Por isso os biscoitos derretem na boca. A Embrapa Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.
A cartilha aborda as técnicas de plantio, adubação e cultivo da araruta até o preparo caseiro do polvilho e as receitas deliciosas que podem ser feitas. O lançamento da cartilha será dia 16 de junho às 15:30h na Unidade da Embrapa Agrobiologia localizada na BR 465 (antiga Rio-São Paulo) KM 47 Seropédica -RJ. Entre os autores estão pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, Maria Cristina Prata Neves, Dejair Lopes de Almeida, e Eliane Maria Ribeiro da Silva, uma professora do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Irmair da Silva Coelho e a produtora rural Maria Cruz Fernandes Santos, uma grande entusiasta e produtora de araruta na cidade de Santo Antônio de Pádua.
O preço da cartilha é de R$ 30,00. Maiores informações no telefone (21) 2682-1500 ramal 237 ou 245.
Isis BrevesJornalista - JP 245 13 RJEmbrapa AgrobiologiaBR 465, Km 47 Seropédica - RJe-mail: isis@cnpab.embrapa.brTel:(21)2682-1500 R: 237/245Celular: 9402 1650/9884 4801
Fonte site da EMBRAPA

terça-feira, 10 de abril de 2007

HISTÓRICO GERAL



A araruta é uma planta arbustiva que pode chegar a altura de 1,2 metro. Da família das marantáceas, seu nome científico é Maranta arundinacea e popularmente é chamada também de agutingue-pé, araruta-caixulta, araruta comum, araruta-palmeira e embiri. Suas folhas têm forma de lanças, peludas na parte inferior. As flores são brancas e pequenas. Nascem solitárias ou em panículas terminais -- cachos na ponta dos ramos -- e o fruto contém sementes rugosas, de cor vermelho-pálida. São duas as variedades nativas de maior importância encontradas no país: comum e creoula. A comum é a que produz fécula de melhor qualidade. Seus rizomas são claros, em forma de fuso, cobertos por escamas e atingem até 30 centímetros dependendo da qualidade do solo, embora o tamanho normal varie de 10 a 25 centímetros. A creoula produz rizomas na superfície da terra, em touceiras, que precisam sere lavados várias vezes para perder a camada escura. Caso contrário, produzem uma fécula negra e de baixa qualidade.
Melhor variedade: comum.
Plantio: No Brasil o cultivo da araruta encontra boas condições ao nível do mar e em clima temperado. Solos arenosos e profundos são os ideais por favorecer o crescimento dos rizomas. A presença de argila pode ser necessária em per;iodos de seca, mas o exsso de umidade leva ao empobrecimento dos rizomas. O solo precisa ser arado com até 20 cm de profundidade para que fique bem fofo. São usados os rizomas inteiros, pois proporcionam maior índice de brotação, ou mudas dessas brotações. Nesse caso, é preferivel plan tar os rizomas em viveiros e depois destacar as mudas quando os brotos atingirem 10 cm. Coloca-se as mudas no fundo dos sulcos de 10 cm, com distância de 40 cm entre eles, recobertos de terra. São necessárias de2 a 3 toneladas de mudas por hectare. Os tratos culturais se restringem às capinas e "chegamento" de terra às plantas, conforme a necessidade. Sempe que for possível, deve-se utilizar adubação organica e mineral. A formulação proposta pelo Cerat --- Centro de Raízes Tropicais, da Unesp --- Universidade Estadual Paulista, campus de Botucatu, SP, que esta desenvolvendo estudos sobre as aplicações e o cultivo da planta, é a seguinte: 415 quilos de superfosfato simples e 72 quilos de cloreto de potássio por hectare. Adubar no sulco e, quando as plantas estiverem com 20 cmde altura, aplicar 125 quilos de sulfato de amônia ou nitrocálcio por hectare. A planta é imune a boas partes das pragas, mas a vaquinha e a broca dos rizomas são as que mais a atingem fazendo com que as raízes apodreçam.
A colheita que pode ser manual, com enxadões ou mecanizada, é feita após 11 e 12 meses do plantio. As folhas ficam murchas, com coloração parda, tornam-se amarelo-palha e esbranquiçadas, não se mantêm mais eretas e tombam no solo.
Época de plantio: junho - setembro.
Espaçamento: 80 x 30cm.
Mudas necessárias: 2-3t/ha (rizomas).
Combate à erosão: plantar em faixas de nível alternadas com outras culturas.
Adubação: aproveitar o efeito residual dos aplicados para a cultura do ano anterior.
Tratos culturais: capinas e amontoas, preferivelmente mecânicas.
Combate à moléstias e pragas: usar apenas mudas de plantações sadias.
Época de colheita: maio - setembro.
Produção normal: rizomas: 10-20t/ha.
Melhor rotação: milho e adubos verdes.
Utilidade: O rendimento da araruta oscila entre 6 a 12 toneladas de rizomas por hectare e cada 100 quilos de rizomas resultam em 15 a 18 quilos de fécula. Após a colheita, os rizomas destinados ao novo plantio devem ser armazenados em ambiente seco e bem protegido. Os destinados à produção da fécula precisam ser descascados com cuidado. Caso isso não aconteça, a fécula ficará de cor amarelada e cheiro forte que só tendem a desvalorizá-la. Depois de descascados, são ralados para obter massa, que é, então, lavada com água sobre um pedaç o de tecido de algodão ou peneira. A fécula atravessa o tecido e os resíduos fi cam retidos. O resultado é um pó fino, branco-acinzentado e sem cheiro. Tem reação neutra (pH neurto) e com água fria forma uma pasta não viscosa. A fécula da araruta pode ser utilizada no preparo de mingaus, bolos, cremes e biscoitos. De fácil digestão e tida como restauradora de forças, é idicada para criaças e idosos e para pessoas em convalescença ou com debilidade orgânica. A oferta reduzida desse produto sempre provocou tentativas de falcificação com amido de arroz, trigo , fécula de batataou mandioca. Uma empresa paulista que oferece a fécula ensacada chegou interromper por alguns meses a produção por não encontrar produto de qualidade no mercado. No entanto, é fácil detectar a fraude. A fécula da araruta pura misturada com água quente proporciona uma pasta transparente. Caso seja falcificada, a pasta fica gosmenta.

FOTOS



RECEITAS FEITAS COM A ARARUTA


Araruta é uma planta de onde se retira uma batata que é usada para fazer um polvilho, semelhante ao polvilho de mandioca.
O polvilho de araruta é muito usado para fazer biscoitos.

Biscoito de Araruta

Ingredientes
½ quilo de araruta
3 gemas
açúcar quanto quiser
um pouco de erva doce
uma pitada de sal
duas colheres de manteiga
leite quanto baste
Modo de preparar
1. Mistura-se tudo e vai se pondo leite frio o quanto baste para ficar em ponto de enrolar. Não deve ficar duro
2. Faz-se os biscoitos do formato que quiser
3. Assar em forno brando

MUDAS

Adquira muda de ARARUTA, natural, sem agrotóxicos, a granel e no saquinho.
Preços a combinar, dependendo da quantidade.

CONTATO
Francisco Artur Pinheiro Alves
Rua Cel. Francisco Nunes Nº 13 – Centro Capistrano-CE – CEP: 62748-000
e-mail: arturpin@yahoo.com.br